terça-feira, 30 de novembro de 2010

'Cause she is 22...

 


É, hoje é 30 de novembro!
É difícil definir pra mim e pra qualquer pessoa a felicidade que é ser amigo da Juliana.
Eu agradeço eternamente a Seth Cohen e companhia por terem me ajudado a me aproximar e poder conhecer esse ser tão interessante, tão fascinante e tão absurdo!
A história da nossa amizade eu não escondo pra ninguém e muito pelo contrário, adoro contar pra todo mundo!
Sabe quando você bate o olho numa pessoa e diz: “Eu preciso ser amigo dela!!”? Pois é, foi o que aconteceu comigo. Vi aquela criatura loira com a raiz preta (kkkk, pode me odiar), com uma camiseta “À procura da batida perfeita” do Marcelo D2, uma calça camuflada e uma atitude meio que de “foda-se o mundo”. Não me pergunte porque nós dois achávamos isso legal, mas enfim...hehehe. Falando parece ruim, mas não era!
Aí, fui me aproximando sem lá muito sucesso, até que tah-dah! The O.C. apareceu na conversa e descobrimos esse ponto em comum. Foi só o que precisei e posso garantir que arrependimento não é uma palavra que existe no vocabulário da nossa amizade.
De lá pra cá são quase 5 anos de sorrisos, lágrimas, segredos divididos e conversas quilométricas na biblioteca, no laboratório de Histologia, por MSN, por telefone, no repouso da MDER..hehe de porres discretos e até de um porre meeeeeeeeeega vergonhoso!
Mas enfim, esse texto é só uma tentativa quase inútil de mostrar o quanto essa sargitariana é importante na minha vida e o quanto eu sou feliz de dividir mais esse ano com ela.

Ju, FELIZ ANIVERSÁRIO!!! (claro, né? hehe). Nem preciso dizer que te desejo toda a felicidade do mundo e mais um pouco, que a nova idade traga tudo que tu deseja e busca e procura e espera! Obrigado por fazer parte da minha vida e me ouvir, me analisar, me ajudar, me aceitar, me compreender, enfim, obrigado por existir de verdade pra mim. Espero fazer parte desse e de muitas outras dezenas e quem sabe centenas de aniversários! Adultecer é foda, mas pode contar comigo pro que precisar pra tornar o caminho mais fácil e menos traumático.

Com meu amor sincero e eterno,

J.D

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

"Crônica" do Adultecer


Faz tempo, né... Trago esse texto que eu escrevi há algum tempo, sobre os conflitos (meus) do adultecer. Vivo agora algo um pouco próximo, mas nem de longe com a mesma magnitude. Divirtam-se!

Quando se é criança, a gente imagina que quando tiver vinte e poucos anos
vai ter um bom emprego, ganhar um dinheiro razoável, um carro do ano,
uma casa legal, talvez um marido e, quem sabe, até estar pensando em ter
filhos. Então, um belo dia, PIMBA!
Você acorda com vinte anos, ainda está na faculdade, mora na casa dos seus pais, está é longe de ter uma casa só sua e todo o dinheiro que você tem é o que eles lhe dão. 
Alguns até tiveram a sorte de ganhar deles um carro, têm um
pouco mais (ou um pouco menos) de coisas na cabeça, aprenderam a ir
sozinhos ao médico, mas são a mesma pessoa, exatamente com o mesmo
coração que tinham aos sete ou oito anos.
É estranho pensar que passou tanto tempo e tanta coisa permanece
exatamente da mesma forma. Você cresceu, óbvio! Tirou os documentos
(agora está devidamente qualificada como uma cidadã que elege seus representantes, responde legalmente por seus atos e pode até ir dirigindo pra onde quiser – desde que não roube um carro!). Na real você tem 2.0, mas por dentro você se sente exatamente igual a quando tinha dezesseis.
Os sonhos ainda são os mesmos, as expectativas também. Não houve nenhuma ruptura brusca, nem aulas pra lhe ensinar a agir agora que você é adulto.
Adulta. Essa palavra pesa tanto!
É confuso também. Ter que decidir o que fazer, assumir e consertar os erros, tomar as rédeas da própria vida e não poder culpar ninguém se der tudo errado. Nem se culpar... Escolher que pessoas vão fazer parte da sua vida, e por quanto tempo. Abdicar ou não dos desejos de antigamente, só pra ficar mais tempo vendo o mundo com olhos diferentes e ainda sim não se decepcionar com os resultados.
Escolher uma entre as milhares de trilhas da vida pra chegar num lugar totalmente novo, ou não, só pra sentir e ver a beleza do caminho. Ficar com a bicicleta velha, trocar por uma nova.. Ou até desistir das bicicletas..
É tão difícil...
E não estamos preparados pra isso!
O mundo inteiro mudou, mas a gente tava tão preocupado em ser adolescente que não se deu conta. Os vizinhos já não são os mesmos, nem a melhor amiga o é. Os lugares preferidos foram mudando e você nem se deu conta. Agora, quando você volta lá, olha em volta e pensa “pqp... aqui só tem criança!”. Então você percebe que sempre fora assim, mas antes você era uma delas. E você já não sabe para onde ir porque as coisas já não são mais como eram antigamente.
Os rolinhos de um mês e pouco deram lugar aos relacionamentos complicados e duradouros. Seu maior dilema não é contar aos pais que está com um carinha novo, mas decidir se a relação já está séria o suficiente pra apresentar as famílias.
Não é mais tão simples como nos tempos do colégio, quando dizíamos: “estou só namorando, não marcando o casamento”. Agora, que estamos ficando mais velhos, sempre há que se pensar: “será que será um bom marido? Será que quer ter filhos? Será que tem o suficiente pra lidar com meus traumas?”. Tudo isso porque a convivência aumenta, e o nível de intimidade também.
Tem horas que dá até vontade de jogar tudo pro alto e sair pelo mundo com a casa nas costas. Mas, e aí? Vai viver de quê? Você já adquiriu à essa época a consciência de que se alimentar, vestir e calçar são necessidades básicas e que seus pais não vão viver e te sustentar o resto da sua vida.
É o segundo trauma do “adultecer”...
Se todo mundo soubesse disso enquanto criança, os planos mudariam de “quando eu tiver vinte anos...” para “eu sendo a criança a vida inteira...”.


É isso.

By JuhR.